A 5ª edição da Marcha das Margaridas, movimento que reuniu mulheres trabalhadores do campo, indígenas, quilombolas e sindicalistas, chegou no final da manhã de quarta 12, à Esplanada dos Ministérios, na capital federal. Segundo a organização do evento, a marcha pode ter reunido cerca de 100 mil participantes, superando as expectativas de 70 mil. O ato, em parte, foi uma resposta aos pedidos de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. "Viemos de todos os cantos para dar um recado ao Congresso Nacional. Peço a todas que deem as costas ao Congresso. Repudiamos as manobras golpistas, tentando impôr seu projeto de poder", disse aos manifestantes Carmen Foro, vice-presidenta da CUT Central Única dos Trabalhadores. "Queremos dizer que as Margaridas do Brasil vão ocupar as ruas desse País para garantir a democracia" afirmou. O ato ainda contou com manifestações à tarde no Estádio Mané Garrincha.
A Federação dos Trabalhadores em Administração Pública Municipal do Rio Grande do Norte FETAM/RN se fez presente, a delegação foi liderada pela secretária de Mulheres da entidade, Francinayre Almeida e contou com representantes de vários municípios do RN.
Outras bandeiras, também se manifestaram na marcha como por exemplo a indignação aos ataques do presidente da Câmara, Eduardo Cunha PMDB-RJ, às mulheres e aos movimentos sociais. Sob regência do parlamentar, ações como a criação de uma cota de 15% para as mulheres em todos os parlamentos do país foram rejeitadas.
Diante do Congresso Nacional, a secretária de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores-CUT, Rosane Silva, representou a Central, que levou 15 mil mulheres à Marcha e apontou que a conquista da igualdade entre gêneros não será possível se não enfrentar o machismo e o patriarcado.
Ao destacar que a pauta das Margaridas é também a pauta da CUT, a dirigente lembrou que as conquistas da classe trabalhadora foram resultado da luta nas ruas, onde a Central permanecerá em defesa da liberdade e da democracia.
Ao avaliar a mobilização, a vice-presidenta da CUT lembrou justamente de todas as trabalhadoras que deixaram os estados para construir uma luta que se repete há 15 anos.
"Seguiremos em marcha, até que todas sejamos livres"!
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