sexta-feira, 13 de julho de 2012

5º E ÚLTIMO DIA DO 11ºCONCUT



Trabalhadoras CUTistas fazem história e aprovam a paridade de gênero nas direções
No momento mais intenso e emocionante do 11º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores CONCUT, em são Paulo, os delegados e delegadas aprovaram, a paridade entre homens e mulheres nas instâncias de direção.

A partir das próximas eleições, previstas para 2015, tanto a direção executiva nacional quanto as estaduais da CUT deverão reservar 50% de cargos para cada gênero. A conquista ocorre 19 anos após a central aprovar destinação de 30% das vagas para cada gênero, na 6ª plenária em 1993. Em 2008, durante a 12ª plenária nacional da CUT, a definição passou a integrar o estatuto da entidade.
Como naquela ocasião, o avanço foi resultado de muita mobilização. Completamente lotado, o auditório da Transamérica Expo Center, onde acontece agora o 11ºCONCUT, foi tomado por bandeiras na cor lilás, batuques e uma verdadeira barricada de mulheres CUTista que se posicionam diante da mesa responsável por conduzir a votação.
Os gritos de que para crescer e para mudar era preciso aprovar a paridade certamente contagiou o plenário, que referendou a proposta favorável à tese. Antes, porém, a CUT abriu espaço para que trabalhadores favoráveis e contrárias à proposta pudessem expor os argumentos.
A secretária da mulher trabalhadora, Rosane Silva, defendeu que, apesar de maioria na sociedade e no mercado de trabalho, as mulheres ainda tinham negado o direito de estar representadas nos espaços políticos, principalmente no movimento sindical. “Não aceitaremos apenas resolução sobre a paridade, queremos que esse mecanismo esteja expresso no estatuto”, comentou a dirigente.

O grupo das trabalhadoras favoráveis ressaltou que não se tratava de debate meramente burocrático, mas sim uma oportunidade para continuar avançando na ocupação de espaços de decisão. Argumentaram que a presença de 42% de mulheres nesta edição do COINCUT era a prova de que a politica de cotas é essencial.  Sob esse clima, a esmagadora maioria ergueu seus crachás e disse sim à ampliação da participação das mulheres nas instâncias de poder da CUT.  Como não poderia deixar de ser, aos gritos de Central única dos Trabalhadores, elas demonstraram que cada vez mais, o movimento sindical reconhece que tem gênero.


Nenhum comentário:

Postar um comentário