segunda-feira, 24 de setembro de 2012

DESEMPREGO NO BRASIL CAIU QUASE 20% ENTRE 2009 E 2011, MOSTRA IBGE



O número de pessoas desempregadas no Brasil caiu 19,3% entre 2009 e 2011. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (Pnad), divulgada na última sexta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas no país que procuraram emprego e não conseguiram passou de 8,2 milhões em 2009 para 6,6 milhões em 2011.

A taxa de desemprego também caiu, de 8,2% para 6,7% no período, atingindo o menor patamar, pelo menos, desde 2004. Segundo a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira, a grande redução do desemprego entre 2009 e 2011 reflete a recuperação econômica do país nesse período, depois da crise econômica.

Em todas as regiões do país, a taxa de desemprego caiu. A Região Sul apresentou o menor índice em 2011: 4,3%. Mas as maiores quedas, entre 2009 e 2011, foram registradas nas regiões Centro-Oeste (de 7,7% para 5,8%) e Sudeste (de 8,8% para 7%). Já a Região Nordeste apresentou a maior taxa de desemprego em 2011 (7,9%) e a pior evolução no período de dois anos (de 8,9% para 7,9%).

A queda também foi generalizada para as faixas etárias, com destaque para a população de 18 a 24 anos, cuja taxa passou de 16,6% em 2009 para 13,8% em 2011. O IBGE verificou que, quanto mais velha for a pessoa, menor a taxa de desemprego. Entre os jovens de 15 a 17 anos, o índice ficou em 22,9%, enquanto entre os adultos com 50 anos ou mais ficou em 2,4%.


A Pnad também avaliou o perfil do desempregado no país. Em 2011, 59% das pessoas que procuravam trabalho eram mulheres, 57,6% eram pretas ou pardas, 53,6% não tinham concluído o ensino médio, 33,9% eram jovens de 18 a 24 anos e 35,1% buscavam o primeiro emprego.


A pesquisa mostrou que, apesar da queda da taxa de desemprego, o percentual de pessoas empregadas no país diminuiu de 62,9% para 61,7%. A redução dos dois indicadores (taxas de desocupação e de ocupação) mostra que o número de pessoas que não estão trabalhando nem procurando emprego (população não economicamente ativa) cresceu no país.

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